“E disse José a seus irmãos: Peço-vos, chegai-vos a mim. E chegaram-se...” (v. 4).
Introdução
José estava cheio de entusiasmo e muita alegria. Tudo estava chegando a bom termo. No entanto, seus irmãos estavam preocupados e temerosos. Eles haviam cometido faltas graves contra ele, José. Tinham sido maldosos, insensíveis e sem misericórdia. Ignoraram seus momentos de angústia. Mas José lhes dizia que, sem reservas, podiam chegar a ele. E falava: Eu sou José, o vosso irmão.
Desenvolvimento
“E disse José a seus irmãos...”. No coração de um homem temente a Deus, não há lugar para retaliação ou rancor, mas, sim, compaixão e perdão. José sabia que tudo o que lhe aconteceu era propósito de Deus. Tinha discernimento para entender. “Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos pese aos vossos olhos...” (Gn. 45:5a).
“... Peço-vos, chegai-vos a mim...”. Ele falava com todo o entusiasmo, pedindo aos irmãos para se achegarem a ele sem nenhum temor. Retraídos, seus irmãos viviam momentos de perplexidade e apreensão. E agora, o que poderia acontecer? “... por me haverdes vendido para cá; porque para conservação da vida...” (Gn. 45:5b).
“... E chegaram-se; então disse ele...”. E assim chegaram a José. Em suas mentes, rememoram todo o ocorrido. Tinham agido com maldade e sem misericórdia. Eles estavam envergonhados. Mas José buscava animá-los. Num coração perdoador, não há mágoas ou rancores. “... Deus me enviou diante da vossa face” (Gn. 45:5c).
“... Eu sou José, vosso irmão...”. José bradava em regozijo: Eu sou José, vosso irmão. Um observador poderia ver uma cena notável. Momentos de extrema felicidade por parte de José e, por outro lado, muita apreensão e temor. No entanto, o melhor ainda estava por vir. “Porque já houve dois anos de fome...” (Gn. 45:6a).
“... a quem vendestes para o Egito”. José buscava minimizar o comportamento que tiveram para com ele. Ele sabia que o ocorrido contribuira para o cumprimento de um plano de Deus a todos os moradores da terra naqueles dias. A maldição tornou-se bênção. “... no meio da terra,e ainda restam cinco anos...” (Gn. 45:6b).
Conclusão
José confortava seus irmãos dizendo que eles não deviam se entristecer, nem ter pesar nos corações. O Senhor tem seus propósitos. O fato de ter sido vendido ao Egito como escravo possibilitou uma intervenção do Senhor, pois, sua ida para ali possibilitaria a conservação da vida, livramento a muitos e sucessão na terra. Restavam cinco anos em que o campo não produziria, mas, no Egito, tinha trigo.
“... em que não haverá lavoura nem sega” (Gn. 45:6c).