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236 - Isaque é enganado por Jacó, Gn. 27
 

236 – Isaque é enganado por Jacó, Gn. 27

“Então se chegou Jacó a Isaque seu pai, que o apalpou e disse: A voz...” (v. 22).

Introdução

Jacó chegou-se ao pai. Isaque teve que apalpar Jacó (tato, toque), ouvi-lo; a voz era de Jacó, porém, a mão era de Esaú. O aparente engano estava estabelecido, mas, na realidade, o pai não estava sendo enganado, pois cumpria ali uma profecia de Deus. “... Duas nações há no teu ventre, e dois povos se dividirão das tuas entranhas, e um povo será mais forte do que o outro povo, e o maior servirá ao menor”(Gn. 25:23).

Desenvolvimento

“Então se chegou Jacó a Isaque seu pai, que o apalpou...”. Chegava o momento em que Jacó tanto esperou. Ele chegou-se ao seu pai. Isaque o apalpou. Ao tocá-lo, a mão parecia ser de Esaú, mas a voz inconfundível era de Jacó, o necessitado, que muitíssimo buscava a bênção. “E disse: És tu meu filho Esaú mesmo?...” Gn. 27:24a).

“... e disse-lhe: A voz é a voz de Jacó...”. Jacó tinha consciência daquele momento. A voz, verdadeiramente, era do enganador. Mas o grande desejo era de alguém que ardentemente buscava uma bênção de seu pai; e que, sobretudo, compreendia sua importância e seu valor. “... E ele disse: Eu sou” (Gn. 27:24b).

“... porém as mãos são as mãos de Esaú”. Voz de Jacó, porém, mãos de Esaú. Isaque estava diante de um conflito. Algo estranho estava acontecendo. Ao apalpar seu filho, pelo tato, julgou que as mãos eram do seu outro filho Esaú. “Então disse: Faze chegar isso perto de mim, para que coma da caça de meu filho...” (Gn. 27:25a).

“... E não o conheceu, porquanto as suas mãos estavam cabeludas...”. Isaque não reconheceu Jacó, pois seu filho Esaú era peludo e tinha as mãos cabeludas. Ao tocar nele, teve o sentimento de que se tratava de Esaú. Enganado. Assim, cumpriu o que Deus falara desde o ventre. “... para que a minha alma e abençoe...” (Gn. 27:25b).

“... como as mãos de Esaú seu irmão; e abençoou-o”. O pai, pensando se tratar de Esaú, abençoou o seu filho Jacó, que se fazia passar por Esaú. Astutamente, Jacó  conquistou seu objetivo, a bênção que tanto almejava e que tanto havia lutado por ela. “... E chegou-lho, e comeu; trouxe-lhe também vinho, e bebeu” (Gn. 27:25c).

Conclusão    

O propósito de Jacó era ter a bênção de Deus. De acordo com os conselhos de sua mãe, executa o plano de iludir seu velho pai Isaque. Passando-se por Esaú, ele chega-se ao pai para obter a bênção. As mãos peludas eram de Esaú, mas a voz era de Jacó; o pai percebeu. O ímpeto com que Jacó busca a bênção do Senhor faz dele um lutador. Assim, Jacó é a imagem do homem que anseia ser abençoado por Deus.

“E disse-lhe Isaque seu pai: Ora chega-te, e beija-me, filho meu” (Gn. 27:26).