“... mas onde está o cordeiro para o holocausto?” (v. 7).

Introdução

A provação de Abraão no monte Moriá lhe traria um grande ensino. O pai da fé ia passar por uma situação tremendamente difícil. Uma decisão por obediência. A ordem de Deus era sacrificar seu filho. Levantaram de madrugada e caminharam até o monte. A prontidão em obedecer. Abraão tinha confiança em Deus. No monte da providência haveria escape.    

Crer no Senhor é confiar nos cumprimentos das suas promessas. Isaque indaga o pai sobre o cordeiro. Havia fogo e lenha. Mas faltava o elemento principal: O cordeiro, a vítima. Abraão dá a resposta da fé: O Senhor proverá. Isaque foi substituído. Para Jesus, o cordeiro de Deus não houve substituto. Deus poupou a dor de Abraão, mas não poupou a Sua própria dor.   

Desenvolvimento

“... E ele disse: Eis aqui o fogo e a lenha...”. Dois elementos fundamentais para o holocausto. O fogo e a lenha. Isaque, o único filho de Abraão, é a tipologia de Jesus, o Cordeiro de Deus. A lenha posta em seus ombros fala da cruz. Jesus carregou o peso dos pecados, a condenação que estava sobre o mundo. O fogo fala da alegria do Espírito Santo.  

“... mas onde está o cordeiro para o holocausto?”. Era a pergunta profética. Onde está o Cordeiro? A pergunta das nações. Filipe disse a Natanael: “Havemos achado”. Aquele que Moisés escreveu na lei, Jesus de Nazaré, filho de José. Natanael indaga descrente: “Pode vir alguma coisa boa de Nazaré?”, cidade sem expressão. Filipe lhe respondeu: “Vem e vê”.

“E disse Abraão: Deus proverá para si o cordeiro...”. Abraão dá a resposta da fé: O Senhor proverá o Cordeiro. No monte, o Senhor proverá.  A providência vem de Deus. Muitos anos depois, João Batista, às margens do rio Jordão, confirma a indagação profética, apontando para Jesus: “... Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo. 1:29).      

“... para o holocausto, meu filho...”. No holocausto, a vítima seria Isaque. Por atender ao Senhor, Abraão não pouparia o filho da sua velhice, seu único filho, o filho da promessa. E Abraão amava profundamente ao Senhor. Acima de todas as coisas! Abraão tinha conhecimento e confiança suficientes para saber que Deus era poderoso para trazer de volta o seu filho.

Conclusão

“Pela fé ofereceu Abraão a Isaque, quando foi provado...” (Hb. 11:17a). A obediência é um dos fundamentos principais desta Obra. As bem-aventuranças das famílias da terra estaria no descendente de Abraão, na família de Isaque, na família de Jacó, na família de José, na tribo de Judá, o Rei dos reis, nascido na Judéia, o Cordeiro de Deus, nosso amado Salvador!

“... sim, aquele que recebera as promessas ofereceu o seu unigênito” (Hb. 11:17b). Abraão sabia das promessas de Deus na vida do seu filho. Um servo obediente atende a todas as determinações do seu Senhor sem questionar. Depositou a sua confiança no Senhor. Não duvidou. E compreendia que Deus era poderoso para até dos mortos ressuscitar seu filho.

“... Assim caminharam ambos juntos” (Gn. 22:8).