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067 - Quarta Viagem Missionária de Paulo - At. 23:31 (Parte 5)
 

Preso de Jerusalém a Roma

Quarenta judeus conspiravam matar Paulo, sob juramento de não comerem nem beberem até que isso fosse feito. O sobrinho de Paulo ouviu a respeito da cilada e narrou a Paulo na prisão e o centurião chamou o moço e o enviou ao tribuno Claudio Lisias, que imediatamente convocou uma escolta de duzentos soldados, arqueiros e os enviou ao presidente Félix, em Cesaréia, às três horas da manhã e Paulo foi livre. Em Cesaréia ficou preso dois anos no Pretório de Herodes, onde alguns fatos ocorreram:

(1) Félix - O governador ouve os acusadores, que vieram de Jerusalém. Ananias o Sumo Sacerdote que mandou que o ferissem na boca. Tertúlio o orador da acusação. Paulo fez a sua defesa diante de Félix e Drusila, sua mulher que era judia. Félix nada fez por Paulo e foi substituído no governo por Porcio Festo.

(2) Festo - Tendo esse descido à Jerusalém, os mesmos algozes lhe pedem trazer Paulo para ser julgado em Jerusalém, querendo no caminho matá-lo. Isso agradou a Festo e a Félix, porque queriam tornar populares entre os judeus. Paulo, porém apelou para César, o imperador.

(3) Rei Agripa e Berenice - Através de Festo o rei e a rainha tomam conhecimento de Paulo e desejam conhecê-lo e ouvi-lo. Quando Paulo lhes falou a respeito do Senhor e da ressurreição, Festo sabedor da cultura do apóstolo, disse “Estás louco Paulo, as muitas letras te fazem delirar. Por pouco me queres persuadir a que me faças cristão” (At. 26:24). As autoridades concluíram que Paulo poderia ser solto, se não houvesse apelado para César. No entanto o Senhor lhe havia dito “Importa que de mim testifiques em Roma”. Assim sendo, foi ele enviado para Roma.

De Cesaréia para Sidom

Lucas e Aristarco o acompanharam e o centurião permitiu que Paulo fosse ver os irmãos. Costearam, Chipre, Cilícia, Panfília e em Lícia, no porto de Mirra, tomaram outro navio, Alexandrino, com destino à Roma.

Cnido

Não alcançaram grande desenvolvimento e chegaram junto a Creta, Salmone e depois em Bons Portos de Creta, na altura da cidade de Láscia. Foi nesta ocasião que Paulo disse ao centurião que não deviam continuar a viagem, mas ele preferiu ouvir o piloto que optou por chegar a Fenix, um porto de Creta, melhor, onde poderiam invernar ali.

Desta sorte foi que segundo as aparências, que eram boas, fizeram velas, porém um vento forte, o Euro-aquilão (vento nordeste) os pegou e levou o navio a um naufrágio. Depois de 14 dias de luta, Paulo os anima. “Porque não se perderá a vida de nenhum de vós, mas somente o navio, porque esta noite o anjo de Deus de quem eu sou e a quem eu sirvo, esteve comigo dizendo: Paulo não temas. Importa que sejas apresentado a César” (At. 27:21).  

Ilha de Malta ou Melita

Ao sul da Ilha Sicília. Neste lugar foram socorridos e Paulo, ao aquecer-se numa fogueira, foi mordido por uma víbora venenosa.  “Pegarão nas serpentes; e se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum” (Mc. 16:18a). A Palavra foi cumprida o que causou admiração aos bárbaros daquela ilha e logo puseram atenção em Paulo. Sabedor da enfermidade do pai de Públio, o chefe da ilha, Paulo foi vê-lo, e impondo as mãos sobre ele, foi curado, como outros enfermos. Paulo era o preso, porém era a bênção que todos que o cercavam percebiam, dentro ou fora do navio, porque o Senhor era com ele.

Três meses passaram ali até que um navio Alexandrino Castor e Polux os pegaram, tendo sido na ilha provido de víveres, tudo em decorrência a Paulo. Siracusa, na costa oriental da Sicília, ficaram três dias. Régio, na península italiana. Puteóli, onde um grupo de irmãos fez-no ficar sete dias. Praça de Apío e Três Vendas a 70 km de Roma. Onde um grupo de irmãos e companheiros se reuniu para receber o preso Paulo. O servo se alegrou e registrou o amor dos irmãos que de Roma vieram vê-lo e antecipa a evangelização que seria feita em Roma conforme o plano do Senhor.

Roma

Capital do império, centro cultural, político, foi aí que Paulo passou dois anos preso, porém morando em casa alugada, guardado apenas por um soldado. Lá ele chamou os judeus da sinagoga e narrou-lhes tudo que aconteceram, alguns creram, outros se endureceram quanto à mensagem, e Paulo mostrou-lhes a profecia “De ouvido ouvireis e de maneira nenhuma entendereis” (Is. 6:9). De Roma escreveu as seguintes epístolas: Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom.

CONCLUSÃO

Ao lermos as cartas do apóstolo Paulo, notam-se pessoas, lugares por onde andou, trabalhou, gastou-se. O ensino leva-nos a mais intimidade com a Palavra, mais identificação, mais comunhão. Observa-se na segunda carta escrita a Timóteo, onde ele fala do fim de sua vida. A carta de Tito também foi escrita na mesma época e diz que ele foi para Nicópolis e relata outros lugares por onde andou.

O saldo maravilhoso de todo o seu trabalho é resumido em sua segunda Carta a Timóteo, quando ele sabia já do seu martírio nas mãos de Nero, no ano 68 D.C. Todas as igrejas edificadas, seus problemas criados, suas alegrias e bênçãos, foram necessárias, pois o Espírito Santo ungiu Paulo para escrever sobre todos os aspectos da vida do Corpo, da Igreja de Cristo.

“Porque eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, e o tempo da minha partida está próximo. Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda” (II Tm. 4:6-8).