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065 – Segunda Viagem Missionária de Paulo - At. 15:36 e 18:22 (Parte 3)
 

Introdução

Data de 51 a 53 D.C. Paulo tendo escolhido Silas, partiu encomendado pelos irmãos à graça de Deus. Barnabé é chamado por Paulo para visitar os irmãos, depois de supostamente três anos. Não era este o propósito do Espírito Santo. O resultado foi uma discussão entre eles, porque Barnabé queria levar João Marcos e Paulo o rejeitava por ele os ter abandonado na primeira viagem. Feita a separação, Barnabé seguiu com João Marcos para Chipre e a Bíblia não registra mais nada a respeito deles.

Paulo e Silas

Era a orientação do Senhor. Passaram pela Síria, Cilícia era a capital, Tarso, era cidade de Paulo. Foram para Derbe onde se encontraram com Timóteo, cuja mãe Eunice era judia, o pai grego e o levaram juntamente, depois de ter sido circuncidado, apesar de ser fora da lei, mas Paulo quis mostrar sua liberdade e com isso não trazer qualquer tropeço no meio judaico. Nesta viagem, entregavam nas igrejas as resoluções determinadas em Jerusalém (At. 15) e as Igrejas assim mantinham-se em unidade tendo uma só diretriz, que o Espírito lhes tinha dado.

Neste espírito de fé e obediência, quando algo do homem surgia, Deus lhes orientava pelo seu Espírito. Desta forma o Espírito os impediu de irem para a Ásia e foram para onde o Espírito Santo os guiava. Da Frigia para Mísia intentando ir para Bitinia, em Troas (Ásia) na costa do mar Egeu, Paulo de noite teve uma visão na qual um homem vestido à moda dos macedônios lhe falava “Passa a Macedônia e ajuda-nos” (At. 16:9). Partiram para a Macedônia e entram na Europa, Samotracia, uma ilha a 33 km da costa. Neápolis, cidade marítima do continente europeu, que servia a Filipos, colônia Romana, a primeira cidade da Macedônia. Nesta cidade, Filipos, três fatos importantes revelam como Deus vê a sua Obra.

(1) Lídia, mulher vendedora de púrpura, negociante da cidade de Tiatira, foi alvo das atenções do Senhor. Como Cornélio, gentia, mas servia a Deus e Ele a salvou através da mensagem de Paulo. A primeira conversão na Europa; assim como Lídia, outras mulheres creram.

(2) Manifestação do poder do mal, querendo envolver os servos de Deus; uma jovem possessa dizia a verdade acerca dos servos, porém o dom de discernimento foi visto quando os servos rejeitaram o testemunho dela e expulsaram o espírito mal daquela jovem. Se não houver discernimento, há o envolvimento. Com discernimento o inimigo é derrotado e lança outra tentativa. A jovem possuidora de um espírito de adivinhação dava lucros aos seus donos e estes quando a viram liberta, insuflaram uma perseguição e os servos foram presos, pés a um tronco, num cárcere onde não houvesse hipótese de fuga. Deus queria alcançar mais alguém naquela região da Macedônia.

(3) O homem carcereiro, ouvindo os dois servos cantarem, era o alvo do Senhor naquela noite. Deus usou caminhos estranhos para salvar aquela família. Perseguição aos servos, prisão, terremoto! Salvação, batismo, comunhão, foi o resultado maravilhoso daquela noite. Lavados os vergões, alimentados, envoltos em alegria, seguiram viagem.

Anfípolis e Apolônia, Tessalônica.

Em Tessalônica disputou com os judeus na sinagoga por três sábados. Muitos creram inclusive gregos e mulheres importantes daquela cidade. Foi levantada pelos judeus perseguições e uma acusação. Estes homens tem alvoroçado o mundo e chegaram também aqui (At. 17:6). Não usavam os meios modernos dos nossos dias, mas usavam o mesmo que Deus exige hoje: Obediência e fé.

Em Beréia, a 80 km de Tessalônica, Paulo pregou em uma sinagoga e estes foram conferir o que Paulo havia pregado. Paulo os achou nobres e os elogiou de sorte que mulheres gregas e varões se converteram. Os judeus de Tessalônica vieram excitar as multidões contra Paulo e ele foi ao mar, a uma ilha e depois seguiu para Atenas, capital da Grécia, cidade de cultura e idolatria.

Silas e Timóteo encontraram-se com Paulo, que notou o povo muitíssimo supersticioso e idólatra, até um altar a um Deus desconhecido havia (At. 17:23-26). Apresenta este Deus como o Deus Criador dos céus e da terra. O Deus que veneravam por medo, sem o conhecerem, era o Deus em que Paulo cria.

Paulo no Areópago

Este era o lugar das grandes prédicas, lugar onde os juízes se assentavam para julgar e de lá, pois, pregou aos filósofos gregos. Embora a multidão ouvissem, os que creram foram poucos. Dionísio era um areopagita, um juiz, creu. Damares e outros creram.

Corinto

Fica 70 km de Atenas, cidade comercial e política. Paulo permaneceu dezoito meses e ali conheceu um casal precioso, que tinha vindo de Roma por decreto do imperador, tinham eles a mesma profissão de Paulo, fazer tendas, Áquila e Priscila. Com estes o trabalho foi iniciado. “As Igrejas da Ásia vos saúdam, saúdam-vos no Senhor Áquila e Priscila, com a igreja que está em sua casa” (I Cor. 16:19). “Saudai a Priscila e Áquila, meus cooperadores” (Rm. 16:3). Note-se a referência a Priscila em primeiro plano, era um reconhecimento do Espírito Santo à fidelidade e destemor da serva. “Saúda Prisca e Áquila” (II Tm. 4:19). Ao sair em primeira viagem nota-se primeiro o nome de Barnabé e Paulo, depois as narrações são Paulo e Barnabé.

O casal também viajava em função da Obra. Em Corinto Paulo disputava nas Sinagogas e os judeus resistiam. Paulo lhes proclamou estar ele livre do sangue deles e partiu para os gentios. Silas e Timóteo vindos da Macedônia se unem a Paulo. Tito Justo recebe-o em sua casa e apesar da rejeição em massa, o principal da sinagoga. Crispo e toda sua casa creu e foi batizado. “Fala e não te cales” foi a ordem de Deus para esta cidade. Sóstenes, outro principal da sinagoga é espancado, e outros são lembrados, Crispo, Gaio, a família de Estefanes.

Éfeso (At. 18:24-25)

Ficava na Ásia proconsular e era a capital. Era uma das três maiores cidades do litoral leste do Mediterrâneo (Antioquia da Síria e Alexandria do Egito e Éfeso). Famosa pelo seu grande teatro e tinha o templo a deusa Diana, que era contado como uma das sete maravilhas do mundo. Com tão belo templo, o culto a essa deusa era imoral, vergonhoso.

Áquila e Priscila acompanham Paulo a Éfeso e ali ficam eles. Falam a Apolo, judeu de Alexandria, fervoroso na Palavra, mas desconhecendo o batismo com o Espírito Santo, e ele recebe do casal a bênção do conhecimento como também o batismo com o Espírito Santo. Em Éfeso, Paulo sofreu muito, foi lançado às feras (I Cor. 15:32). Cesaréia era o regresso; daí para Jerusalém, onde relatou todas as maravilhas operadas durante quase três anos de viagem. Antioquia, na Síria, sua casa onde a igreja o ouviu, glorificando ao Senhor.