“... o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu Deus?” (v. 8)”.

Introdução

Miquéias profetizou durante os reinados de Jotão, Acaz e Ezequias. Predisse a queda de Samaria e a destruição de Jerusalém. Junto com Isaías, anunciou a condenação vindoura, o exílio que seria imposto aos dois reinos. O povo havia ignorado o Senhor. Modos de proceder, corrupção moral, pecados, idolatria, ódio, suborno, contendas, desonestidades prevaleciam na terra, e nenhum sacrifício ou holocausto poderia substituir de modo adequado a pratica da retidão. O profeta intercede, apesar de saber que Deus traria juízo sobre o povo.  

Desenvolvimento

“que pratiques a justiça” (quinta medida, a revelação do Espírito Santo).

O pedido de Deus. Sem imposição ou obrigação. Pratica da justiça, que segundo o Direito é dar a cada um o que é seu. Para os servos é a medida de Deus; a quinta medida, a revelação, que somente se alcança pela instrução do Espírito Santo. A prática diária. Aquilo que conquistamos todos os dias. Alimento vivo. Maná que desceu do céu, que vai além da letra. Sem o socorro e a ajuda do Espírito Santo prevalecem a razão religiosa, a fé morta e vazia. “A justiça exalta as nações, mas o pecado é o opróbrio dos povos” (Pv. 14:34).

“ames a beneficência” (a bondade e a misericórdia do Pai).

Amar o que é bom, o que edifica, o que é eterno. O Pai. Praticar e obedecer diariamente a sua Palavra. O temor devido ao seu maravilhoso Nome. Valores celestiais e imutáveis. Benignidade e bondade que não têm fim. Que se renovam a cada manhã. Paciência e fidelidade. Seu grande amor, ao nos dar o que Ele tinha de mais precioso, seu único Filho. Quem pode explicar? Quem poderia? “Certamente que a bondade e misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida, e habitarei na casa do Senhor por longos dias” (Sl. 23:6).  

“andes humildemente com o teu Deus” (o caminho é Jesus, o modelo padrão de servo).

Andar no caminho aberto por seus passos. O novo e vivo caminho. Jesus nos deu o exemplo maior de humildade e simplicidade. Como servo viveu uma vida modesta e simples. Galileu, não tinha beleza e nem formosura. Era filho do carpinteiro, de Nazaré, de onde não vinha coisa boa. Foi desprezado, o mais indigno dos homens. As pessoas não faziam caso dele. Como Cordeiro mudo levado ao matadouro. Não abriu a sua boca. “... aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas” (Mt. 11:28).  

Conclusão

Injustiça e rebelião resultam em juízo e destruição. Cobiça e violência traduzem desobediência e falta de temor; e desagradam profundamente a Deus. Não fomos vocacionados para a ira. Deus nos destinou para vivermos em comunhão com o seu Espírito, como um altar reparado, prontos para adorar o seu Nome. Ao cometer uma injustiça pecamos. Quando humildemente reconhecemos e clamamos pelo sangue de Jesus, somos inocentados e justificados. “E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho...” (Ap. 12:11).