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013 - Os quatro altares - Hb. 11
 

“Pela fé habitou na terra da promessa, como em terra alheia, morando em cabanas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa.  Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus”.

Introdução
    
A vida de Abraão é um exemplo de experiência com Deus. A edificação de altares foi uma marca na sua caminhada de fé. O altar é um símbolo de dedicação e consagração. Lugar do sacrifício e da oferta. A evidência de uma verdadeira adoração, que está no compromisso com a obediência. Nossa entrega sem reservas. Abraão edificou quatro altares, erguidos ao longo de sua jornada de amizade com Deus. Cada um aponta para um aspecto do reino, onde o Senhor está buscando os verdadeiros adoradores que “... adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem” (Jo. 4:23).

Desenvolvimento

1º Altar – SIQUÉM (Ombro)

Ficava entre os montes de Gerizim e Ebal. “Também os ossos de José, que os filhos de Israel trouxeram do Egito, foram enterrados em Siquém, naquela parte do campo que Jacó comprara aos filhos de Hemor, pai de Siquém, por cem peças de prata, e que se tornara herança dos filhos de José” (Js. 24:32). Era uma das cidades refúgio. Ali Josué despediu do povo. “... escolhei hoje a quem sirvais...” (Js. 24:15).
    
Num gesto de gratidão ao Senhor, Abrão edifica ali um altar “E apareceu o Senhor a Abrão, e disse: À tua descendência darei esta terra. E edificou ali um altar ao Senhor, que lhe aparecera” (Gn. 12:7). Em Sicar (Siquém) Jesus tem um encontro com a mulher samaritana. Nosso altar é o nosso coração. Nossa adoração ao Senhor pela grande salvação.

2º Altar – BETEL (Casa de Deus)

Ficava entre as cidades de Betel (casa de Deus) e Ai (montão ou ruína). Foi em Betel que o Senhor chamou Abrão. “E apareceu o Senhor a Abrão, e disse: À tua descendência darei esta terra. E edificou ali um altar ao Senhor, que lhe aparecera. E moveu-se dali para a montanha do lado oriental de Betel, e armou a sua tenda, tendo Betel ao ocidente, e Ai ao oriente; e edificou ali um altar ao Senhor, e invocou o nome do Senhor” (Gn. 12:7-8).

Local que Jacó teve um sonho de uma escada, cujo topo atingia o céu. O Senhor lhe faz promessa de proteção e cuidado. “Então levantou-se Jacó pela manhã de madrugada, e tomou a pedra que tinha posto por seu travesseiro, e a pôs por coluna, e derramou azeite em cima dela. E chamou o nome daquele lugar Betel...” (Gn. 28:18-19). É o processo da santificação, que separa o que é de Deus (Betel) e o que o do mundo (Ai). Lugar do encontro com Deus. Morada do Espírito Santo na vida do servo.

3º Altar – HÉBRON (Unido)

Hébron, no Hebraico, é com “n” no final. Este altar foi erguido após o período de separação entre Abrão e seu sobrinho Ló (Gn. 13.1-13). Hebrom, cidade montanhosa ao sul de Judá, à 30 km de Jerusalém. Os árabes a chamam de “elKhalil”, “o amigo”. Primeira habitação até a prova de Moriá. Era uma das cidades refúgio, que representava um "habeas corpus" a favor do criminoso não culpado, ou cujo crime não tivesse sido apurado adequadamente.

O lugar onde Deus reafirma a sua aliança e as suas promessas. Davi era amigo de Hebron. Lugar onde Sara foi sepultada. “E depois sepultou Abraão a Sara sua mulher na cova do campo de Macpela, em frente de Manre, que é Hebrom, na terra de Canaã” (Gn. 23:19).

4º Altar – MORIÁ (Entrega)     

Lugar da maior prova. Sacrificar o filho. Valorizou a obediência. Entrega sem reserva. Monte da providência. Escape. “Então disse: Não estendas a tua mão sobre o moço, e não lhe faças nada; porquanto agora sei que temes a Deus, e não me negaste o teu filho, o teu único filho” (Gn. 22:12). “O Senhor proverá”. Crer. Confiar.

“Pela fé ofereceu Abraão a Isaque, quando foi provado; sim, aquele que recebera as promessas ofereceu o seu unigênito. Sendo-lhe dito: Em Isaque será chamada a tua descendência, considerou que Deus era poderoso para até dentre os mortos o ressuscitar” (Hb. 11:17-18). Voz do substituto.

Deus poupou a dor de Abraão, mas não poupou a sua própria dor, pois para Jesus não havia substituto. Bem aventurados são os descendentes de Abraão. Davi e a eira de Araúna, o jabuseu. Juízo. Povo. Preço. Aplacar a ira. Sacrifício. “Tudo isto deu Araúna ao rei; disse mais Araúna ao rei: O Senhor teu Deus tome prazer em ti. Porém o rei disse a Araúna: Não, mas por preço justo to comprarei, porque não oferecerei ao Senhor meu Deus holocaustos que não me custem nada” (2 Sm. 24:23-24). Local que Salomão edificou o templo.

Conclusão

No altar Deus molda o nosso caráter. É um trabalho paciente do Espírito Santo conosco. Todas as coisas precisam ser deixadas no altar, nos submetendo à grandeza e a soberania de Deus. Como servos devemos carregar nossa cruz, o altar de Siquém (ombro). Em Betel, na casa de Deus, nossa vida é aperfeiçoada e passamos a compreender o processo de santificação que “... sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb. 11:14). Em Hebrom, nossa aliança é renovada. Refúgio e segurança. Em Moriá a entrega sem reservas. União. Prova. Providência do monte. O cordeiro presente.

“E cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus” (Tg. 2:23).