“Também Mefibosete, filho de Saul, desceu a encontrar-se com o rei, e não tinha lavado os pés, nem tinha feito a barba, nem tinha lavado as suas vestes desde o dia em que o rei tinha saído até ao dia em que voltou em paz”.

Introdução

Absalão se rebela contra o rei Davi para tomar-lhe o trono de Israel. Davi prefere fugir evitando assim o enfrentamento com seu filho. Aquele era um momento de prova e humilhação. Após, Absalão foi derrotado e morto pelos homens de Davi e assim o rei voltou do exílio. Muitos dos que permaneceram em Jerusalém durante a revolta, saíram ao encontro do rei para recebê-lo. Mefibosete, coxo, filho de Jônatas, que após a morte do seu pai, foi recebido no palácio para ser sustentado pelo rei, com a honra de assentar-se à mesa com ele, saiu a encontrar com Davi de uma maneira indigna e inadequada para aquela situação.

Desenvolvimento

1 – “não tinha lavado os pés”

Os pés falam do caminhar. Modo impróprio de ir ao encontro do rei. Sujeira fala de pecado, fala do  mundo. Acordos, concessões ao mundo. Quando julgamos as coisas normais, falhamos nas nossas avaliações. Davi é tipo de Jesus, o grande Rei. Encontrar com o rei assim é vergonhoso, é lamentável! Especialmente para alguém que conheceu a Obra. Justificável? Somente o poder do Sangue de Jesus para livrar. “Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios...” (Sl. 1:1a).

2 – “nem tinha feito a barba”

A barba era a diferenciação que se fazia do povo hebreu e os egípcios. “Então mandou Faraó chamar a José, e o fizeram sair logo do cárcere; e barbeou-se e mudou as suas roupas e apresentou-se a Faraó” (Gn. 41:14). José ia se apresentar diante da maior autoridade do Egito. Ele estava saindo do cárcere “ao fim de dois anos inteiros”. Teria que se compor dignamente. Mefibosete não se preocupou.

3 – “nem tinha lavado as suas vestes”

As vestes falam do nosso testemunho. Como as pessoas no veem? Como represento aquele que me tirou das trevas e me trouxe para sua maravilhosa luz? Vestes sujas retratam alguém fora do caminho. O distanciamento do projeto, o envolvimento com o mundo, a falta de discernimento em separar o que é nocivo do que produz o bem. O testemunho está diretamente ligado com a bênção do Espírito Santo na nossa vida. Se ele nos convence passamos a buscar como servi-lo melhor e como agradá-lo.

Conclusão

É relevante o modo como nos apresentamos diante do Senhor. Nossa jornada no caminho, nossa vida de comunhão estreita com Deus é a garantia do preparo para o grande dia. Estamos diante do Rei e nos assentamos na mesa com Ele todos os dias, com nossas vestes alvejadas no precioso Sangue do Cordeiro, gozando do privilégio de ouvir diariamente a sua voz. Saudosos de Jesus, aguardamos o toque da trombeta que nos transportará para a pátria celestial. Maranata é o nosso grito!